Xistopedia

"Uma digressão por nós próprios, é o que este território nos proporciona"

"Uma digressão por nós próprios, é o que este território nos proporciona"
aldeias e território
Entre a noite e o dia, ligando-se à matéria e ao organismo vivo que é uma aldeia do xisto, um grupo de 18 pessoas explorou a madeira, o couro e o linóleo em mais uma ação do Laboratório das Aldeias do Xisto.

As três oficinas organizadas no âmbito do Laboratório Aldeias do Xisto, foram ao encontro da essência mais genuína da aldeia de Janeiro de Cima. Aqui ainda é franca a relação com a terra e com o que ela dá, a proximidade do Zêzere fez surgir barcas e seus carpinteiros desde tempos imemoriais, nos quais também se perde a origem da tecelagem do linho. Natureza, água, carpintaria, tecelagem, são estes os elementos mais significantes desta aldeia que é preciso reativar e expor a novos caminhos, neste caso cruzando os saberes locais e artesanais com as novas fronteiras do design. Um grupo de 18 pessoas vindas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, com sede em Coimbra, teve a oportunidade de viver esta experiência, sob a orientação de habitantes locais e professores e alunos da Universidade de Aveiro.

O sol ainda aquece e a estação é farta: há uma miríade de cores outonais na paisagem e a humidade exala da terra aromas que impregam o ar. O grupo está entusiasmado e expectante. Para alguns embrenhar-se nestas aldeias é revisitar memórias de menino na companhia dos pais e irmãos, recordando as caminhadas de pés nús colhendo os frutos, o céu estrelado absolutamente inolvidável, as trovoadas de maio e os vendavais de outono.

Conhecem-se há muitos anos de trabalho conjunto. Fora do constrangimento rotineiro do escritório sobrevém a camaradagem entre o grupo. O programa de três dias começou suave, com um primeiro acolhimento gastronómico no Restaurante Fiado, degustando o Menú Espírito do Lugar. Seguiu-se o excecional concerto Xisto Sonoro, no Bar "O Passadiço", em Janeiro de Cima, sob a coordenação de Luís Antero, no âmbito do XJazz- Encontros de Jazz das Aldeias do Xisto 2019.

Após uma noite de repouso e um retemperador pequeno-almoço na Casa de Janeiro e Casa Cova do Barro, o sábado começou cedo na Casa das Tecedeiras, para distribuição dos três workshops pelos participantes: madeira, couro, impressão em linóleo, todos orientados por professores da Universidade de Aveiro

Atelier da Madeira
Local: Carpintaria de Acácio Gaspar
Orientadores: Profs. João Nunes e Nuno Dias
Apoio: Gabriel Loureiro, João Nata
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Atelier do Couro

Local: Casa das Tecedeiras
Orientador: Prof. José Leite
 

 

 

 

 

 

 

Atelier de impressão em linóleo

Local: Casa das Tecedeiras
Orientadores: Prof. Olinda Martins
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


As Aldeias do Xisto são uma marca-destino que, ao longo dos últimos anos, e a partir da atividade turística, da experimentação e do conhecimento, têm conseguido afirmar um território único no contexto da Região Centro e do País. Têm-no feito procurando sempre o que há de mais distintivo e genuíno na paisagem e nas comunidades, atraindo investimento e abrindo a porta a projetos que experimentam a partir da essência dos lugares. A relação com a natureza, com a terra, e com as pessoas tem sido a bússola que norteia uma atuação que procura revitalizar o território a partir da sua singularidade cultural.
 

Texto: Bruno Ramos (com Andreia Gonçalves)

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