a rede

A Rede

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A ADXTUR é uma plataforma de cooperação regional público-privada, supramunicipal, ancorada num processo contínuo, cuidadoso e especializado de mobilização das populações, congregação de vontades e apoio ao investimento, em prol do desenvolvimento de um território e de uma ideia de futuro.

Introdução

As Aldeias do Xisto centram a sua atuação, desde sempre, numa atuação que procura revitalizar o território a partir da sua identidade, transformando pensamento e ideias em ação, recursos em propostas de valor. Considerando o conjunto das 27 Aldeias do Xisto e o seu potencial em termos de aproveitamento turístico, estamos perante um património cultural, histórico e social que se assume como marca exclusiva da Região Centro e do País.


História da Rede das Aldeias do Xisto

No final do século XX, o território das Aldeias do Xisto era um exemplo paradigmático de abandono rural e da desagregação comunitária dos lugares e das suas consequências na autoestima das populações residentes, no estado de conservação do património arquitetónico e na dinâmica do tecido socioeconómico. Porém, o afastamento deste território dos grandes eixos de modernização do país e da Europa permitiu, por outro lado, a manutenção da sua genuinidade intrínseca, das suas formas de vida profundamente comunitária e rural e do seu património natural e construído. Preservou-se no seu núcleo uma centelha de autenticidade num território de uma riqueza natural ímpar.

Foi desta identidade cultural que emergiu o projeto das Aldeias do Xisto, convocando atores públicos e privados para uma estratégia de desenvolvimento social e económico assente na mobilização das comunidades e na valorização do seu património material e imaterial, tendo e vista um posicionamento singular e atrativo para novos segmentos residenciais e turísticos.

FASE 1: Programa das Aldeias do Xisto (QCA III)
A idade da pedra – autoestima e agregação

O PAX- Programa das Aldeias do Xisto foi implementado a partir de 2001 pela AIBT- Associação de Base Territorial do Pinhal Interior, no seio da CCDRC- Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, usando fundos comunitários através do Programa Operacional da Região Centro (Medida II.6, componente FEDER). Em várias fases foram selecionadas aldeias em diversos municípios da unidade territorial então conhecida como Pinhal Interior. A candidatura destas aldeias ao Programa e aos seus fundos foi promovida pelas respetivas Câmaras Municipais, através da elaboração de “Planos de Aldeia” por uma equipa técnica especializada e multidisciplinar, com o intuito de priorizar as intervenções em cada um dos núcleos urbanos da rede, contemplando instalação de infraestruturas básicas, como saneamento, abastecimento de água e eletricidade, requalificação dos espaços e dos imóveis públicos e requalificação dos imóveis privados.

O PAX promoveu os produtos locais, a animação turística das aldeias e a qualificação dos seus habitantes e agentes económicos através de ações de formação profissional. O foco central de todas as intervenções foi as pessoas. Embora centrado no desenvolvimento turístico, teve como meta fundamental a melhoria das condições de vida das populações residentes, criando emprego e qualificando os recursos humanos de forma a permitir o surgimento de uma nova base económica. Em suma, afirmou as aldeias enquanto património com potencial turístico, com as pessoas e as suas vivências.

A criação da marca Aldeias do Xisto enquanto destino turístico de qualidade efetivou no terreno uma rede público-privada potenciadora de uma identidade de base regional, afirmando a sua diferenciação no mercado de turismo nacional e internacional. A estratégia de rede, planeada a partir do envolvimento alargado de atores, deu início à promoção, comunicação e animação global conjunta dos principais valores e recursos endógenos: natureza, comunidades, turismo ativo, tradição e saber fazer, património, gastronomia, lazer, serviços turísticos. 

No final de 2007 criou-se a ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto. Atualmente, a base social da ADXTUR é constituída por Municípios, empresas de alojamento, restauração e animação turística, artesãos, microprodutores e lojistas, e outros agentes, de associações a Juntas de Freguesia e pessoas singulares. Para além da dimensão da sua base social, realça-se a capacidade institucional da ADXTUR consolidada em relações de proximidade com todos os seus agentes e sustentada em parcerias regionais, nacionais e internacionais, nos campos político, económico, científico, técnico e cultural


FASE 2: PROVERE
Afirmação da marca – crescimento e notoriedade

Com a incorporação de massa crítica em termos de capacidade institucional e gestão territorial na ADXTUR e com os principais investimentos públicos de base já realizados, a ADXTUR focou-se no desempenho turístico e económico global. Para tal, liderou – e lidera ainda - um consórcio participado por Municípios e agentes privados, assente numa Estratégia de Eficiência Coletiva, a duas candidaturas PROVERE- Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos (ver mais abaixo).

Com o PROVERE, a marca agregou os principais fatores de desenvolvimento, consolidou a parceria de agentes públicos e privados e melhorou todos os seus indicadores. A título de exemplo salientam-se os seguintes: 

  • Afirmação da visibilidade e notoriedade nacional e internacional da marca.
  • Alargamento e qualificação da rede de infraestruturas e equipamentos para o a valorização dos recursos endógenos.
  • Consolidação de um calendário de animação centrado nos principais ativos do território.
  • Melhoria da capacidade institucional na resposta conjunta aos desafios comuns.
  • Desenvolvimento da atitude experimentadora a partir da mobilização de conhecimento para, assumindo o foco na aprendizagem e na capacitação, revelar oportunidades em áreas críticas.


FASE 3: Aldeias do Xisto 2020
Da visão à estratégia – consolidação, experimentação e negócio

Com o segundo PROVERE inicia-se uma fase inteiramente centrada na conversão económica e geração e negócio, na experimentação e na especialização temática. A marca Aldeias do Xisto afirmou-se como a principal ferramenta do processo de inovação para a valorização económica dos recursos endógenos e permanência da cultura, tendo como matriz de atuação uma atitude ecocentrada, experimentadora, responsável e aberta ao mundo.

Face a isto, as Aldeias do Xisto assumem os seguintes objetivos estratégicos

  • Promover uma cultura de inovação, experimentação e empreendedorismo centrada nos recursos endógenos. 
  • Incentivar uma abordagem colaborativa dos diversos players do desenvolvimento económico e social do território. 
  • Estimular processos de inovação aplicada a produtos e serviços como forma de gerar valor acrescentado. 
  • Atrair e mobilizar investimento para dinamizar a economia e gerar emprego. 
  • Gerar motivações e criar condições de atracão e fixação de população no território. 
  • Aumentar a atracão turística e maximizar a permanência.


A marca

A marca Aldeias do Xisto está intrinsecamente ligada à missão da ADXTUR: gerar atratividade territorial, promovendo um desenvolvimento social e económico sustentável e integrado com a natureza e os lugares. Ela representa o território, um estilo de vida associado à relação das pessoas com a natureza, às comunidades, à paisagem cultural e à principal proposta de valor que lhe está associada: um estado de espírito sereno e ligado às pessoas e à natureza.

A marca representa a agregação da rede, o recetáculo de todos os valores associados à sua atuação enquanto espírito de parceria, conjunto de associados públicos e privados, e ainda filosofia de atuação.

As Aldeias do Xisto são uma marca turística que assegura a qualidade das infraestruturas turísticas, a excelência do serviço prestado pelos seus associados e a diversidade e abrangência do seu Calendário de Animação.

A principal potencialidade da marca Aldeias do Xisto assenta na sua ação programática de permanente inovação tendo como base os recursos endógenos e a identidade do território, promovendo a renovação do tecido socioeconómico do território através do fomento de uma economia mais criativa. Esta é a sua principal força de afirmação nacional e internacional.


Uma rede colaborativa PROVERE

No contexto do QREN 2007-2013, foi lançada a iniciativa das Estratégias de Eficiência Coletiva (EEC) enquanto “conjunto coerente e estrategicamente justificado de iniciativas, integradas num Programa de Ação, que visem a inovação, a qualificação ou a modernização de um agregado de empresas com uma implantação espacial de expressão nacional, regional ou local”. As EEC poderiam assumir diversas tipologias, entre elas o Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos – PROVERE. O PROVERE representa o principal instrumento de política pública ao dispor dos territórios ditos de baixa densidade, tanto em termos de escala como de coerência estratégica e de coordenação de meios.

Estruturando-se a partir de projetos âncora e complementares, públicos e privados, materiais e imateriais, com reserva financeira ou estritamente concorrenciais, a partir de um consórcio alargado e convergente com uma abordagem estratégica a recursos tendencialmente inimitáveis, ancorado numa estrutura técnica profissional e em dedicação exclusiva, apoiada em permanência pelos órgãos de gestão dos programas financiadores, particularmente do Programa Operacional Regional do Centro (Mais Centro | Centro 2020), possibilitou a consolidação da oferta da marca territorial Aldeias do Xisto, bem como a sustentabilidade da ADXTUR enquanto estrutura de acolhimento e animação de políticas públicas e plataforma de convergência estratégica e de coordenação de intervenções de escala supramunicipal.

A operacionalização da estratégia estruturou-se a partir de cinco projetos âncora: Plano de Inovação, Calendário de Animação, Plano de Comunicação e Marketing, Estruturas de Animação Permanente, e Estrutura de Governação, Coordenação e Acompanhamento. Com o PROVERE, a marca agregou os principais fatores de desenvolvimento, consolidou a parceria de agentes públicos e privados e melhorou todos os seus indicadores. A título de exemplo salientam-se os seguintes:

  • Afirmação da visibilidade e notoriedade nacional e internacional da marca.
  • Alargamento e qualificação da rede de infraestruturas e equipamentos para o a valorização dos recursos endógenos.
  • Consolidação de um calendário de animação centrado nos principais ativos do território.
  • Melhoria da capacidade institucional na resposta conjunta aos desafios comuns.
  • Desenvolvimento da atitude experimentadora a partir da mobilização de conhecimento para, assumindo o foco na aprendizagem e na capacitação, revelar oportunidades em áreas críticas.


O segredo está na rede

O segredo da marca Aldeias do Xisto reside na sua robusta parceria com parceiros públicos e privados. A ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto é hoje uma plataforma de cooperação regional público-privada, supramunicipal, ancorada num processo contínuo, cuidadoso e especializado, de mobilização das populações, congregação de vontades e apoio ao investimento, em prol do desenvolvimento de um território e de uma ideia de futuro. 

Desde o primeiro momento que a marca Aldeias do Xisto tem vindo a chamar a atenção do país para uma reserva da sua identidade que deve ser preservada e promovida, desafiando Portugal a pensar o seu futuro também a partir das aldeias. E que a única forma de o fazer, nesta escala e contexto, só pode ser através de uma partilha alargada do caminho apoiada numa sólida rede de cooperação. 

A convergência da marca e dos seus parceiros com os objetivos de desenvolvimento turístico e de coesão territorial, bem como com o crescimento da procura, nacional e internacional, por bens e serviços genuínos e sustentáveis, tem impulsionado ações assumidamente experimentadoras e valorizadoras do tecido económico e social, como é o caso do Bookinxisto, uma plataforma multisserviços única no nosso país, que agrega toda a oferta da marca. 

Os nossos parceiros e associados são municípios, empresas de alojamento, restauração e animação turística, artesãos, microprodutores, lojistas e outros agentes, desde associações a juntas de freguesia e pessoas singulares.