maternidade de árvores e rebanho comunitário da aigra nova

Maternidade de Árvores e Rebanho Comunitário da Aigra Nova

maternidade de árvores e rebanho comunitário da aigra nova

Na Aldeia do Xisto da Aigra Nova, em plena Serra da Lousã, nasceram dois projetos que unem tradição e futuro: a Maternidade de Árvores, onde se cultivam milhares de espécies autóctones para restaurar a floresta nativa, e o Rebanho Comunitário, que mantém vivas práticas ancestrais de pastoreio ao mesmo tempo que protege a aldeia dos incêndios. Juntos, são exemplo de como uma pequena comunidade pode regenerar a paisagem, fortalecer laços e inspirar novas formas de viver em harmonia com a natureza.

Guardiã da floresta futura

Guardiã da floresta futura

Criada pela associação Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã, a Maternidade de Árvores da Aigra Nova funciona como um viveiro de espécies autóctones, desde carvalhos a azevinhos, castanheiros ou medronheiros. Mais de 12 mil plantas crescem aqui, acompanhadas desde a semente até ao momento em que são transplantadas para áreas de recuperação ecológica, muitas delas na Rede Natura 2000.
Não é apenas um espaço técnico: é também um núcleo de educação ambiental, onde escolas, famílias e visitantes podem conhecer de perto o ciclo de vida das árvores, participar em programas de reflorestação e até apadrinhar uma árvore, acompanhando o seu crescimento até à plantação na serra.

Pastores da paisagem

Pastores da paisagem

O Rebanho Comunitário da Aigra Nova dá continuidade a uma tradição ancestral de pastoreio, mas com um propósito renovado: cuidar do território. Partilhado pelos habitantes, o rebanho limpa naturalmente os matos à volta da aldeia, criando descontinuidades que funcionam como barreiras contra incêndios.

Além da função ecológica, gera produtos locais como leite para oficinas de queijo e mantém vivo um património cultural de entreajuda e ligação à terra, em que a comunidade assume coletivamente a responsabilidade pelo cuidado dos animais.

Resiliência posta à prova

Os grandes incêndios que marcaram a Serra da Lousã nos últimos anos atingiram também Aigra Nova, incluindo o de agosto de 2025. O fogo trouxe perdas e medos, mas também reforçou a certeza de que a resiliência faz parte da identidade da Aigra Nova.

A maternidade de árvores resistiu com a ajuda de bombeiros, moradores e voluntários, que chegaram a ligar os aspersores para salvar milhares de jovens plantas. Já a criação do rebanho comunitário ganhou nova urgência: ficou claro que o pastoreio não só mantém viva uma tradição ancestral como é uma ferramenta essencial para prevenir incêndios e proteger a paisagem.

Projetos transformadores

Descubra mais sobre o projeto da Lousitânea